Para começar, é bom entendermos o que é mobilização.
Podemos dizer que mobilizar é convocar
vontades para atuar na busca de um propósito comum. Aqui, neste texto, vamos
pensar nas mobilizações sociais. Poucas vezes ouvimos tanto essa palavra quanto
na metade do ano passado, durante os protestos que ocorreram no Brasil, que
tiveram uma característica geral: foram manifestações que tiveram a maior parte
de participantes jovens, ou seja, foi uma mobilização social de jovem.
Mas isso, claro, não foi um fato inédito na
sociedade. No mundo pós-guerra, e que se encontrava em plena guerra fria, havia
um descontentamento com as normas sociais dominantes típicas do pós-guerra,
assim como das tensões crescentes dessa parcela da população com modos autoritários
de governança e com as intervenções de seus respectivos governos no âmbito da
Guerra Fria. Em todos esses lugares, uma população universitária cada vez maior
começou rapidamente a traduzir seu descontentamento em protestos ativos.
Toda mobilização é mobilização para alguma coisa,
para alcançar um objetivo comum. Para que ela seja útil a uma sociedade ela tem
que estar orientada para a construção de um projeto de futuro. Se propósito é
passageiro, trata-se de um evento, não de um processo de mobilização. A
mobilização requer uma dedicação contínua para produzir resultados.
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