sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Guerra Fria das revoltas jovens até a Crise de Teerã

Para começar, é bom entendermos o que é mobilização. Podemos dizer que mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum. Aqui, neste texto, vamos pensar nas mobilizações sociais. Poucas vezes ouvimos tanto essa palavra quanto na metade do ano passado, durante os protestos que ocorreram no Brasil, que tiveram uma característica geral: foram manifestações que tiveram a maior parte de participantes jovens, ou seja, foi uma mobilização social de jovem.
Mas isso, claro, não foi um fato inédito na sociedade. No mundo pós-guerra, e que se encontrava em plena guerra fria, havia um descontentamento com as normas sociais dominantes típicas do pós-guerra, assim como das tensões crescentes dessa parcela da população com modos autoritários de governança e com as intervenções de seus respectivos governos no âmbito da Guerra Fria. Em todos esses lugares, uma população universitária cada vez maior começou rapidamente a traduzir seu descontentamento em protestos ativos.

Toda mobilização é mobilização para alguma coisa, para alcançar um objetivo comum. Para que ela seja útil a uma sociedade ela tem que estar orientada para a construção de um projeto de futuro. Se propósito é passageiro, trata-se de um evento, não de um processo de mobilização. A mobilização requer uma dedicação contínua para produzir resultados.

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